Um romance sensível e envolvente sobre autoestima, família e saúde mental.
Cecília acabou de completar dezoito anos, mas sua vida está longe de entrar nos trilhos. Depois de perder seu primeiro emprego e de ter uma briga terrível com a mãe, a garota decide ir passar uns tempos na casa da melhor amiga, Iasmin. Lá, se aproxima de Bernardo, o irmão mais velho de Iasmin, e logo os dois começam um relacionamento.
Apesar de estar encantado por Cecília, Bernardo esconde seus próprios traumas e ressentimentos, e terá de descobrir se finalmente está pronto para se comprometer. Cecília, por sua vez, precisará lidar com uma série de inseguranças em relação ao corpo — e com a instabilidade de sua própria mente.
IRIS FIGUEIREDO é escritora, natural de São Gonçalo. Produtora editorial por formação, trabalha com comunicação e escreve histórias para jovens. É autora de livros como "Um passo de cada vez" e do best-seller "Céu sem estrelas", que teve os direitos comprados pela ELO Produtora.
TW: Cecília lida com automutilação e ideações suicidas.
Eu passei cinco anos com esse livro. Eu que escrevi. Eu fui e voltei nessa história mais vezes do que o que é considerado aceitável. Se eu não der 5 estrelas por todo esse trabalho, quem mais vai dar?
Meu coração tá cheio de orgulho e amor por essa história. Todo mundo que confiou nos meus elogios para Uma história meio que engraçada, pode ler Céu Sem Estrelas sem pensar duas vezes. É uma história que também discute saúde mental de um jeito realista, completamente brasileiro e relacionável.
Em breve uma resenha completa porque essa maravilha merece <3
“Nenhum lugar doía, mas *tudo* doía. Era a pior sensação do mundo, e tudo o que eu conseguia fazer era me balançar para a frente e para trás, olhando para o vazio. Era tudo na minha cabeça. A dor era toda na minha cabeça, mas isso não a tornava menos real.”
Que livro lindo e sensível. Queria abraçar os personagens (ou colocá-los dentro de um fusca) =~
Céu sem Estrelas agora se junta a Por Lugares Incríveis na lista de livros essenciais para falar sobre saúde mental. <3
Eu não sabia o que esperar de fato dessa história, só sei que ela superou todas as expectativas e Céu sem Estrelas se revelou um livro profundo, com muitas camadas, extremamente bem escrito e sensível.
A Cecília e o Bernardo, os narradores, são personagens bem construídos, tridimensionais e delicados. Mesmo tendo dois narradores, o foco do livro é na Cecília. É interessante como a Iris constrói os traços de personalidade da personagem. Às vezes um gesto, às vezes um pensamento, às vezes um desconforto, às vezes a mesma cena sendo mostrada por dois pontos de vista... tudo na história vai se completando. É impossível não se colocar no lugar da Cecília e não sentir empatia. O desenvolvimento dela é tão bem feito e conseguimos entender tão bem a cabeça da personagem que conseguimos entender todo momento de desconforto dela (e admirá-la ainda mais pelo esforço imenso que faz só para fazer seus amigos felizes).
Falando em amigos... As amigas da Cecília são carismáticas e ótimas pessoas. Ainda bem que a Iris já falou que pretende escrever um livro para a Iasmin e outro para a Rachel, elas merecem uma história só delas também. É lindo ver como elas estão do lado da Cecília e fazem o possível para animá-la, mesmo que às vezes não da maneira mais adequada. A amizade, inclusive, é um ponto tão forte no livro que a Cecília passa uma semana na casa da Iasmin (e ninguém reclama, porque sabe como ela precisava de um lugar para ficar naquele momento).
A família também é outra parte que foi desenvolvida com excelência. A relação da Cecília com a avó, com a mãe e o padrasto, com a prima... É tudo muito bem definido. As cenas que sustentam a relação da Cecília com a mãe são as que mais pesam e doem de ler. É muito triste ver uma relação despedaça assim.
A saúde mental é o tema mais trabalhado durante o livro e merecem um destaque a parte. Não posso entrar em detalhes para não dar spoilers, mas tudo foi representado com muita responsabilidade e honestidade. Fica aqui apenas um alerta para as pessoas que enfrentam crise de ansiedade, ataque do pânico e afins, porque a história detalha e se demora nesses momentos. Não de uma maneira exagerada, claro, mas mesmo assim de uma forma que pode ser um gatilho para alguns leitores. Mas aqui também há um toque de leve na temática do racismo e homofobia, o que eu achei muito responsável da parte da autora.
O relacionamento amoroso, por fim, foi uma parte importante para a história, cheguei até a torcer por eles em muitos momentos (justo eu, hahaha). O Bernardo ultrapassa os limites algumas vezes e a narrativa faz questão de deixar isso claro, chegando até a deixar o leitor incomodado quando ele passa dos limites. Como a Cecília é alguém que enfrenta muitas coisas, ela realmente precisa do espaço dela. E isso é um pouco difícil de ser entendido para alguém que não passa pelas mesmas coisas.
Céu sem Estrelas é merecedor de todos os elogios que está recebendo. Leiam!
MINHA NOSSA SENHORA, QUE LIVRO FOI ESSE. EU ESTOU SEM ESTRUTURAS. IRIS, ESTOU MUITO ORGULHOSO DO SEU TRABALHO.
PESSOAS, ESSE LIVRO. É. MARAVILHOSO. LEIAM. POR FAVOR. FAÇAM ISSO POR VOCÊS MESMOS.
(não consigo formar nada coerente, então me despeço aqui. LEIAM CÉU SEM ESTRELAS, GRITEM FUSCA AZUL NO MEIO DA RUA E SOQUEM SEUS AMIGOS SEM CERIMÔNIAS).
Este livro me pegou! Me sinto um pouco perdida, então espero que minhas palavras consigam expressar o tamanho da importância desta história. A sensação de se ter um livro brasileiro, do gênero young adult e que totalmente te representa em muitos sentidos é indescritível. Apenas umas seis vezes (desde que eu me lembre) me senti desta maneira. E em todos os casos, o livro era estrangeiro. Céu sem estrelas, é aquele sorriso gentil, quentinho e verdadeiro que você recebe sem esperar. Um presente que nunca esperei receber.
Iris nos traz um história original em muitos aspectos: 1) é retratada no Brasil (no Rio de Janeiro) e como uma paulixta nada viajada, me peguei até mesmo ambientando a história em locais que são do meu convívio (algo que quase nunca ocorreu e 2) os antagonismos de cada personagens são tratados com tanta delicadeza e precisão, que você percebe a preocupação da autora em nos apresentar a este mundo que não está tão distante de nós. Tanto que fica compreensível o tempo que a autora levou para aperfeiçoar e lançá-lo (cinco anos). O livro é separado em 2 partes, e cada uma delas tem sua importância a partir do momento que a vida de Cecília também se divide entre a dor e o sentimento de tentar sentir-se bem. Sendo narrado ora por Bernado, ora por Ceci, vemos o ponto de vista de quem assiste o problema de fora e de quem o enfrenta diária, respectivamente.
"Odiava ser encontrada daquele jeito. Passava a maior parte do tempo escondendo meus sentimentos, medos e inseguranças. Não queria que vissem aquela parte de mim, vulnerável, e tentava ao máximo disfarçar quem eu era."
Sobre os personagens: eu estava recentemente conversando com uma amiga sobre a falta de representatividade que estamos tendo nos livros. Antes da Cecília, a única personagem com quem eu me sentia próxima desta maneira, era a Eleanor, de Eleanor and Park. E mesmo assim, ainda sentia falta de algo mais próximo de minha realidade. É triste falar desta forma, mas mesmo quando existe a representatividade sempre aparecem fatores que a afastam e a trazem para a margem do "pelo menos eu falei sobre isto". O fato é que: CSE É REAL! Ele é uma realidade do seu começo ao fim. Não é romantizado. Não é influenciável pelo seu meio. Ele simplesmente é ❤
QUOTE FAVORITO: ❝Vivo um dia de cada vez. Descobri que sou forte, não só pelo meu ganho de direita ou pelo meu manequim, mas por seguir em frente❞
SÓ PEÇO UMA COISA: LEIAM ESTE LIVRO! Uma ótima leitura. Beijos de luz, Maria ノ゚ο゚)ノミ★゜*。・+☆
Céu sem estrelas é um romance sensível que retrata a angústia de se sentir inadequada dentro do seu próprio corpo e o quanto a pressão implícita (e muitas vezes explícita) por um padrão de beleza inalcançável pode mexer com a gente das piores maneiras. Não só isso, o modo como a autora retrata questões de saúde mental, relacionamentos, família e a busca pela própria identidade é delicado e faz deste um livro essencial.
Gostei muito de Céu sem Estrelas, primeiro livro que li da Íris e também uma das minhas primeiras experiências com YA contemporâneo. Gostei MUITO da Cecília, uma personagem bem real que não é reduzida ao distúrbio que tem, porém mostra claramente como esse distúrbio afeta sua vida. O livro é bem pesado, mas ao mesmo tempo é muito positivo e mostra que há luz no fim do túnel — sem prometer soluções mágicas, porém. Gostei também de ver como ela trabalhou muito bem o que sentimos e o que as pessoas pensam que sentimos, isso tanto do ponto de vista da Cecília quanto do do Bernardo. E, como mulher gorda e adolescente que se enxergou assim desde a puberdade, me reconheci demais nos dilemas da Cecília em relação ao corpo (e também a algumas convenções sociais, tipo ir em balada). Eu gostaria de ter visto a história avançando um pouco além do ponto em que ela foi terminada. O fim em si não foi necessariamente corrido, mas eu acho que o conflito principal poderia ter sido antecipado (ou a história poderia ter sido alongada no total). Não diminui o livro, mas eu acho que ainda havia história pra contar (o que é sempre uma boa coisa hehehe)... Ah, gostei muito da narrativa da Íris, bem ágil e muito bem humorada — ainda mais considerando a seriedade de algumas questões abordadas. Aliás, o humor afiado da Ceci é uma bela quebra de esteriótipos, gostei demais.
Quando li Confissões On-line eu já disse que gostei muito da narrativa da Iris e isso só se intensificou mais com esse livro. Ter a oportunidade de ler essa história e conhecer mais do Bernardo e da Cecília foi uma honra, principalmente porque essa é uma história maravilhosa que eu estou muito feliz que exista. CSE consegue ter um bom equilíbrio entre uma narrativa gostosa, que faz a gente feliz, e momentos tensos com reflexões importantíssimas. É muito admirável ver o cuidado e sensibilidade que a autora trouxe pro romance ao abordar temas como saúde mental, assim como dá para perceber que Iris teve muita responsabilidade ao representar personagens que fazem parte de minorias em seu livro. Eu tive vontade de chorar, eu senti muito perto de mim alguns temas abordados e no final apenas me senti muito grata por essa história. 🌸
a autora aborda vários temas de forma sensível, mas a escrita é amadora, o começo é repleto de clichês, e uma revelação no final não fez sentido nenhum pra mim. as 2 estrelas são simplesmente pelo meio, que foi a melhor parte da história, e por mais histórias com protagonistas gordas.
1) passei o livro todo querendo abraçar a Cecília 2) a retratação de amizades - partes boas e partes mais difíceis - é uma das melhores partes desse livro. YAs com histórias de amor além do arco de romance são a melhor coisa. 3) você provavelmente vai chorar lendo.
enfim, real, eu tava vendo todo o feed do goodreads falar bem desse livro e resolvi ler também (fortemente convencida pela capa linda, confesso). acabei tendo a experiência ótima que é ler a perspectiva de uma personagem que é um pouco diferente de mim. um pouco, porque apesar de nossos motivos (e modos de lidar com as crises) sejam diferentes, existe uma certa sensação de familiaridade aqui.
os personagens são todos legais, adorei a amizade da Cecília com a Stephanie e a relação que ela tem com a família da Iasmin como um todo. A dinâmica de irmãos que tem no livro também é bem realista.
sem spoilers, mas do que senti falta foi de mais presença da Rachel e ainda não sei como me sinto sobre o ritmo do romance principal. outros pontos que gostei foi da história de passar da faculdade - são algumas questões específicas que sinto falta em outras histórias coming of age - e das descrições bastante realistas sobre saúde mental. fica o trigger warning, inclusive.
Em um enrendo espetacular e sensível, Iris nos mostra que precisamos encontrar nossa força mesmo quando não vemos mais esperança, quando estamos com medo e quando nos sentimos sozinhos. De um jeito profundo e brilhante, a autora dá voz a personagens que estão na profunda busca de encontrar seu lugar no mundo.
Eu preciso confessar que quando comecei o livro cheguei a achar que seria apenas um simples romance jovem narrado por duas pessoas, carregado de muitas emoções que vivemos na adolescência, e isso já não era ruim, pois não tem como algo ser ruim quando Iris tem uma escrita impecável e envolvente, mas o que acontece é que a cada capítulo avançado, vamos vendo a trama ficar profunda e assuntos de suma importância vão começando a surgir. A abordagem de Iris aos transtornos psicológicos é surpreendentemente real, ela trata o assunto tal qual realmente é: escreve as crises, os momentos ruins, os picos de bons momentos, o medo de procurar ajuda psicológica, a automutilação (que não ocorre com todos, mas ocorre em muitos dos casos), o vazio, o autoconhecimento, a jornada de alguém em depressão ou com algum transtorno psicológico. E é tudo com tanta maestria e empatia que não tem como deixar de se envolver na história e torcer, ou sofrer junto com as personagens.
Cecília é aquele tipo de personagem difícil de gostar, mas fácil de se identificar, me identifiquei com ela logo no prólogo, mas amar a personagem demorou um pouco, levei alguns capítulos pra sentir que a amava de verdade. Já Bernardo foi totalmente o inverso, o amei de primeira, e fui entendendo seus dramas e sua vida aos poucos, de pouquinho em pouquinho fui me identificando com ele. E os dois de formas diferentes nos passam muitos aprendizados. Eu sempre me apaixono por personagens secundários, eles são tão importantes para compor a história, e nesse volume, Iris nos dá personagens tão incríveis e lindos como os protagonistas, e cada um nos ganham de alguma forma.
Céu sem estrelas é um romance emocionante, com muita diversidade, com vários posicionamentos admiráveis, com personagens cativantes e cheio de ternura. É o tipo de livro que nos faz sorrir e chorar, que abre e toma um espaço ali no nosso peito e que temos total certeza de que iremos carregar no seu coração por todo o sempre.
Em Céu sem Estrelas, acompanhamos a história de Cecília e Bernardo, com Cecília sendo a principal e não entendendo bem o que está acontecendo com ela, ainda mais depois que a mãe a expulsou de casa. Eu queria primeiramente agradecer a Iris Figueiredo por essa história incrível e tão bem construída. Os personagens são tridimensionais e possuem erros e acertos, como qualquer pessoa normal. E ela sabe o que faz ao escrever os personagens genuinamente brasileiros, a representatividade toda nesse livro é encantadora. Eu cheguei no final e não conseguia parar de chorar. Eu senti alegria, dor, desespero, um misto de tudo com esse livro. E, aliás, a simbologia do fusca azul nesse livro, que parece tão simples, é absurda de tão linda. E, como todas as resenhas dizem, fica aqui também o trigger warning pro self harm. Embora eu tenha ignorado totalmente ele e lido o livro ~acho que as vezes me falta amor próprio~ mas eu estou verdadeiramente grata e feliz de ter lido algo com que me identifiquei e MUITO, e com o cuidado que a Iris tomou ao escrever este livro. Dá pra sentir, sabe?
E aqui eu abro um espaço pra spoilers/relato pessoal
Gostei bastante de "Céu Sem Estrelas" e fiquei contente de adicionar o livro à lista de leitura.
A narrativa de Iris flui muito bem. Adorei ambos protagonistas, Cecília e Bernardo, e como a alternância de comando entre eles funcionou.
É uma história com um objetivo claro e de uma importância bonita, socialmente falando, no que se refere às temáticas abordadas. A representatividade da protagonista também foi um ponto alto.
A escrita de Iris é precisa e inteligente. Ela me ganhou de verdade na referência à "Desejo e Reparação", um favorito meu!
Uma das minhas únicas ressalvas vai ao uso constante do pretérito mais-que-perfeito, que aqui me incomodou. Deu para perceber que fazia parte da estilística da autora, mas não raro me soou fora de tom e inconforme com as vozes juvenis dos narradores.
De qualquer modo, "Céu Sem Estrelas" é mais uma confirmação do bom momento que vivemos na literatura nacional. Certamente estou curioso para ler mais de Iris Figueiredo pela frente. Muitooo bacana! :-D
É o segundo livro da Iris que não dura 24h na minha mão. Céu sem Estrelas é um livro sobre várias coisas, sobre o fim da adolescência, sobre descobrir o que você quer da vida e sobre descobrir quem você é no mundo. Também é um livro sobre entender o impacto que suas ações têm na vida das outras pessoas, e que algo que é pequeno pra você pode ser enorme para os outros. O Bernardo já era um personagem fofíssimo em Bastidores da minha vida virtual, e aqui não é diferente, mas temos uma perspectiva maior de quem ele é e de como ele precisa crescer. A Cecília é uma personagem muito complexa, muito difícil de lidar, e pra muitas pessoas até pode ser "chata", mas ao mesmo tempo você entende que ela teve tantos problemas na vida, tanta coisa que só ela passou, que é totalmente plausível que ela esteja daquele jeito! Aliás, aqui tá um ponto forte desse livro: temos muitos personagens, todos diferentes entre si; personagens babacas, personagens incríveis, personagens que se preocupam com a protagonista, mas também têm os próprios problemas... Nesse ponto, a Iris arrasou. Eu adorei!
Céu sem estrelas, assim como a minha avaliação dessa bomba.
Nenhuma das 1000 tramas apresentadas foi resolvida. O romance é feito de dramas exagerados e sem sentido. A mensagem final é confusa e provavelmente problemática.
Os personagens secundários parecem legais, mas não foram desenvolvidos.
Céu Sem Estrelas é um dos poucos livros que realmente conseguiu me prender nos últimos tempos. A narrativa é fluida e leve, mesmo tratando de um tema pesado. Adorei a forma como todos os personagens são relacionáveis e você consegue identificar seus problemas em pessoas reais do dia a dia. A única coisa que não funcionou muito bem pra mim foi o romance, mais especificamente no começo dele, mas depois fui shippando os dois cada vez mais (como diria Rachel). Com certeza é um livro que deve ser lido por muita gente, principalmente por tratar de assuntos como saúde mental, gordofobia, baixa auto-estima, um pouquinho de relacionamento abusivo (alô, Iris, quero um livro pra resolver essa situação da Iasmin, hein?!) e outras questões que não são tão aprofundadas, mas fazem sentido estarem ali, compondo personagens diversos e com personalidade própria.
E ESSA CAPA MEU DEUS???!!!
Só leiam Céu Sem Estrelas e fiquem encantados por essa história também.
Esse livro é incrível. Tão bem escrito, de uma forma tão pessoal e fluida. Personagens tão cativantes e palpáveis, tive impressão que a qualquer momento poderia cruzar com Cecília pelas ruas de São Gonçalo. Uma história doce e sofrida que trás tanto amor consigo.
"Não existe um céu sem estrelas, Cecília. Mesmo quando cobertas pelas nuvens, ainda estão lá. A gente só não consegue enxergar"
Sabe quando um livro te encanta pela capa (lindíssima) mas te ganha pelo conteúdo? <3
Uma história que fala sobre a saúde mental, escrita de uma forma sensível e honesta que nos faz refletir um pouco sobre essa realidade.
“Quando nos importamos com alguém que vive uma luta tão profunda contra seus próprios monstros, o medo de que algo esteja fora do lugar, sempre bate à porta”.
Em diversos momentos fiquei com o sentimento de empatia pelos personagens, querendo dar um abraço daqueles bem quentinhos e dizer que: “Sempre existem estrelas”.
E no final do livro, a gente fica com vontade de sentar nesse fusquinha, junto com a Cecília e o Bernardo e conversar sobre as coisas da vida! <3
Céu sem Estrelas é uma história bastante fiel, delicada e real sobre como é viver fora do padrão numa sociedade que só se importa com estética; e o quanto é difícil lidar com transtornos mentais, ao mesmo tempo mostrando que mesmo que talvez você não consiga enxergar estrelas, há sempre a esperança de que há sempre um outro dia para que isso aconteça. Leitura incrível, importante e essencial.
Eu amo receber livros nacionais e ver quão talentosos e sensíveis nossos autores são. Céu sem estrelas traz a história de Cecília, artista, fora dos padrões estéticos e com problemas familiares. Sonhadora como qualquer pessoa comum, mas presa em pensamentos nada gentis sobre si mesma. Desbravar a história de Cecília foi ao mesmo tempo empolgante e torturante. Rir, gritei, sofri e chorei com uma personagem tão comum, tão eu e com certeza tão você. Cecília me ensinou a ser gentil comigo mesma, com meu tempo, meu corpo e minha mente.
”Às vezes quando me desespero e quero sumir, lembro que a vida é muito mais do que esse sentimento que me sufoca. Descobri que sou forte, não só pelo meu gancho de direita ou pelo meu manequim, mas por seguir em frente”
OBS: gatilhos para depressão, ataques de pânico, automutilação.
Eu fiquei, por muito tempo, com medo de ler esse livro. Sabia que o tema era delicado e tava com medo do que aquilo ia causar em mim. Felizmente, Iris fez (sem brincadeira) o MELHOR trabalho do mundo ao falar sobre um tema extremamente sensível e complicado, que é a tal da saúde mental, de uma forma muito consciente e responsável. Eu não esperava diferente, porque sigo a autora há um tempo nas redes sociais, e sempre tive uma admiração enorme tanto pelo trabalho como pelas opiniões e discussões que ela defende.
O livro conta a história de Cecília e Bernardo (mais Cecília), alternando os pontos de vista entre os dois. Ele é o irmão da melhor amiga dela e, claro, seu crush. A medida que eles vão ficando próximos Cecília vai lidando também com problemas pessoais com a mãe, e também com sua saúde mental.
A escrita é INCRÍVEL. É descritiva, rápida e engraçada nos momentos oportunos. Eu ri MUITO na perspectiva de Bernardo. Amei os momentos dele com a irmã, Iasmin, e também todos os momentos “amizade” do livro. Amei de paixão a relação de Cecília com a avó, talvez tenha sido a segunda coisa que mais gostei no livro.
A primeira foi, claro, a mensagem. A mensagem de que você não está sozinho, e de que se você estiver passando por um momento ruim, estiver tendo pensamentos estranhos, se sentir triste, angustiado, ansioso, você não deve hesitar em procurar ajuda. E de que se mostrar vulnerável, é, às vezes, o que salva a gente né? Foi tudo feito a mão nesse livro, nos mínimos detalhes, para que o leitor se sentisse confortável até quando o assunto era sério e polêmico. Foi incrível, de verdade.
Minha nota foi quatro, por dois motivos. O primeiro, que não é o foco da história, foi o romance. Veja bem, não é o foco da história. E TUDO BEM não ser. Acho até que é melhor que não seja. Mas para o pouco de tempo que Cecília e Bernardo passam juntos no livro, eu achei que o amor deles foi um pouco insta love??? Eu sei que ela já conhecia ele antes, mas a partir do momento que os dois efetivamente se interessam pelo outro, eu achei meio rápido. Queria mais alguns momentos deles antes de acontecer alguma coisa sabe? Eu queria entender melhor o que Cecília viu em Bernardo e o que Bernardo viu em Cecília.
O segundo motivo, entretanto é bem importante, e é total o foco da história. Pior que isso, é algo extremamente meu, extremamente pessoal e sem explicação direta. Eu não conseguia me apegar a personagem de Cecília. Eu ODEIO quando isso acontece. Não tem nada de errado sabe? Você apenas não se conecta com a personagem, não consegue adentrar muito na mente dela. Eu senti isso com Cleo de Falling Kingdoms. Jude de The Cruel Prince. Clary de Instrumentos Mortais. Acho que é tipo uma amizade. Tem pessoas que você conhece e não cria uma empatia logo de cara. Não sente a necessidade de conhecer melhor ou não desperta algo novo em você. Também tem gente que você troca cinco frases e já sente como se conhecesse de outra vida. Até hoje, se eu pensar muito em Aelin de Throne of Glass eu começo a chorar. Andie de Unexpected Everything. Lou de Como Eu Era Antes de Você. Lila Bard de Um Tom Mais Escuro de Magia. Nina de Six Of Crows.
Também não tem nada a ver com o fato da protagonista ter uma realidade diferente da minha. Já me conectei com personagens totalmente diferentes de mim, que estavam passando por coisas totalmente diferente das que eu estava passando. Acho que isso na verdade é um mix de hora certa com química.
Foi uma pena mesmo eu não sentir isso com Cecília. Porque quer você queira ou não, a protagonista é a história do livro. Eu teria gostado mais se tivesse me identificado mais com a protagonista. Tentei deixar esse fato isolado, para dar a nota mais justa possível, porque de verdade... Eu me senti assim e você pode sentir totalmente o oposto. É muito de cada um.
No mais, esse é o tipo de história que, se eu fosse professora, daria para meus alunos lerem. É um tipo de lição que você leva pra a vida. E Iris soube passar a mensagem dela direitinho para mim. Espero conseguir passar adiante também.
A escrita da Iris é muito fluida e gostosa, foi um livro que li em duas sentadas, madrugada a dentro. As personagens são muito humanas. Acho que foi uma coisa fundamental estar dentro da cabeça de uma protagonista que não tem um "corpo ideal" e realmente sofre com ansiedade, depressão, etc. É uma leitura que dá pra rir, dá pra chorar (muito) e até ter aqueles momentos fofos de "queria um Bernardo pra mim". É muito diferente do que eu costumo ler, curti bastante a experiência.