Julia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares. Entre lembranças da infância e da adolescência, e sonhos para o futuro, Julia encontra personagens essenciais para enfrentar a solidão ao mesmo tempo que ensaia sua própria coreografia, numa sequência de movimentos de aproximação e afastamento de seus pais que lhe traz marcas indeléveis. Escrito com a prosa original que fez de Aline Bei uma das grandes revelações da literatura brasileira contemporânea, Pequena coreografia do adeus é um romance emocionante que mostra como nossas relações moldam quem somos.
Aline Bei nasceu em São Paulo, em 1987. É formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena. É editora e colunista do site cultural OitavaArte. O peso do pássaro morto é o seu primeiro livro.
Eu me chamo Júlia Manjuba Terra e não acredito no amor. Se eu pudesse escolher, gostaria de me transformar em uma música, porque além de bonita ela desaparece quando alguém desliga o rádio.
Para quem gosta do sabor agridoce de Aline Bei e da sua escrita polvilhada pela página, este livro será uma excelente leitura. De início achei-o tão forte e pungente como a sua estreia, “O Peso do Pássaro Morto”, ou até mesmo o conto “Rua Sem Saída”, mas perde um bocadinho o gás e a originalidade com o andamento. Dividido em três partes - Júlia, Terra e Escritora - é realmente no arranque que “Pequena Coreografia do Adeus” nos esfrangalha o coração com uma menina na transição para a pré-adolescência, a enfrentar o divórcio dos pais, a ser vítima de maus tratos por parte da mãe e de negligência bonacheirona por parte do pai.
Queria ser mais parecida com o meu pai, ele não tem a raiva que a minha mãe tem nos olhos. O que me deixa triste é que meu pai me abandona muito. A minha mãe ele abandonou de uma vez, mas comigo é pior, ele fica me abandonando devagar.
Aline Bei consegue um feito raro para mim, o de compor uma criança narradora muito convincente e real, uma menina confusa e desprezada que dá vontade de proteger. Nos dois capítulos seguintes, encontramo-la passados uns anos, já independente dos pais financeiramente mas não a nível emocional, pois o trauma e a tristeza continuam lá.
e o que seria perder a minha mãe? não é a mesma coisa que perder uma boa mãe perder a minha seria uma dor e um alívio cheio de culpa, então até o alívio se transformaria em Dor e eu teria que me acostumar com as minhas cicatrizes órfãs do seu carrasco
Alerta de conteúdo: violência doméstica, abandono parental, luto.
"Pequena coreografia do adeus" é uma história sobre Júlia, que vive entre as brigas dos pais e a falta de afeto que tanto a machuca. Ela nunca soube o que é o carinho de mãe ou as palavras acolhedoras de um pai. Nunca soube o que é ser ouvida e compreendida. Da infância à vida adulta, acompanhamos como essa falha estrutura familiar impactou na sua vida, bem como ela observa e reage às pessoas que conhece pelo caminho.
Esse foi meu primeiro contato com a autora, e não sai decepcionado! As palavras de Aline Bei têm um peso, uma força, uma urgência muito próprios. Seu jeito distinguível de contar uma história traz ritmo e complexidade ao que está sentido dito. Gostei também de como ela consegue transcrever sentimentos muito difíceis em poucas palavras.
O audiobook acrescentou à experiência, mas eu recomendaria ouvir com o eBook ou livro físico acompanhando a narração: a história com certeza ganharia muitas outras camadas. A habilidade da própria autora unida à excelente produção do áudio, que tem vários efeitos sonoros, tornou o livro ainda mais interessante.
Em termos técnicos, é uma história que, para mim, merece 5 estrelas. Em termos emocionais, ainda que algumas frases tivessem me pegado desprevenido (Alice Bei, você me deve uma sessão de terapia), não acho que é um livro que vá ressoar tanto comigo no futuro. Por isso, 4 estrelas. Aposto que quem já ama a autora, deve amar esse também.
Agradecimentos especiais à editora por ter me enviado uma cópia do audiobook e ao NetGalley pela cópia do eBook.
me desculpa, Mãe, faz alguns anos que estou juntando forças para deixar o seu teatro, eu que sempre fui o seu público mais fiel. acontece que chegou a hora de parar de assistir à vida dos outros. chegou a hora de eu viver também.
Este é o segundo livro que leio de Aline e já deu para perceber que há sempre algo ou alguém desfeito. Neste livro, temos Julia Terra, uma criança de um lar desfeito, com uma mãe desfeita e uma infância, claro, desfeita. Está bem escrito mas, para mim, é inferior ao "O Peso do pássaro morto".
“Eu só queria ter um pai que não fosse eternamente o homem que deixou a minha mãe.”
Pela voz de Júlia, filha de pais separados, somos conduzidos a uma narrativa suspensa em sentimentos e emoções… Mágoa, medo, solidão, angústia, tristeza e até compaixão, são estas algumas das comoções que, na sua posse, irão habitar e moldar a sua vida de criança a adolescente.
Júlia Terra cresce num lar desfeito, vítima da violência da mãe e da ausência do pai, sem afetos e sem estima por si mesma. "O que me deixa triste é que meu pai me abandona muito. A minha mãe ele abandonou de uma vez, mas comigo é pior, ele fica me abandonando devagar." E assim cresce Júlia, arranja emprego, homem para a desvirginar, enquanto deseja ser escritora. No caminho dos sonhos, atravessa-se a realidade: o amor para sempre é uma ilusão e os pais não são eternos, nem na sua brutalidade. Aline Bei continua a deliciar-me. Adoro a poesia ziguezagueante que lança sobre as vidas mais dramáticas ou banais transformando-as em vidas que poderiam ter sido outra coisa. O poder do caos, do errático, do fugidio está bem patente na estrutura do texto, mas também nas linhas e entrelinhas, na dobra das palavras escolhidas com pontaria de caçador. Aline Bei é poderosa!
Aline me pegou pelas mãos e corremos juntas todas as páginas desse livro, quase sem pausa. Tive fôlego para cada palavra, mesmo a maioria delas sendo ásperas feito lixa. O segundo livro da autora vem mais firme, mais seguro de si e abusa lindamente dos espaçamentos, das maiúsculas, de outros caracteres e da diagramação como um todo. Eu amei.
Que escrita tão sublime!! É uma história triste mas cheia de beleza nas pequenas coisas. Sublinhei uma grande parte do livro e emocionei-me muito. É uma escrita muito diferente mas que flui muito naturalmente. Vale MESMO a pena.
não achei tão bom quanto o peso do pássaro morto foi mas a escrita da aline bei consegue ser tão linda e emocionante que eu tive que me segurar pra não ler esse livro numa sentada
o peso do pássaro morto me fez achar que aline bei é uma das melhores autoras nacionais contemporâneas. pequena coreografia do adeus me fez ter certeza.
Tava com as expectativas altas, mas me frustrei um pouco.
A história lida com traumas familiares e como eles são um fardo para quem os vivencia, especialmente quando criança. Júlia Terra, protagonista, apanhava da mãe desde cedo e era esquecida pelo pai. Sua busca é de uma identidade e um lugar no mundo distante dessa violência e desse abandono que tentam defini-la.
O livro é narrado pela própria Júlia, aos 20 e poucos, e dividido em três partes: Júlia, Terra, Escritora. A melhor para mim é a primeira, que conta a infância da personagem. Ali a voz da jovem adulta sintoniza com a voz da criança, e disso surge uma contemplação da memória que gira em torno da inocência e da perda dela ainda muito cedo, num tom que mistura o encantamento da infância com a melancolia de quem tenta escapar do fardo familiar, já sabendo das consequências dele para o futuro.
O melhor dessa parte é que essa memória muitas vezes não é analisada, apenas vista (e vista sem nenhum pudor). Isso impede o aparecimento de uma característica que me tirou do resto do livro: a autora, especialmente a partir da parte 2, tenta encontrar lições a partir da experiência de Júlia, e faz isso da pior forma possível: colocando umas frases piegas de revirar os olhos a cada duas páginas que gritam “me marque” — bem personagem de John Green.
“desde quando sabemos de todas as coisas que acontecem no mundo se mal sabemos o que se passa no fundo do nosso coração?”
Quando a autora não está interessada em criar essas frases de impacto, surgem coisas verdadeiramente bonitas: por exemplo, Júlia é elogiada pela primeira vez na infância e, pelo olhar muito imagético, associa os elogios a coisas navegáveis (“como era bom ouvir aquelas coisas navegáveis sobre mim”), como se a partir de um discurso positivo sobre si pudesse enfim navegar plenamente pela vida, construir algo distante da negatividade familiar.
A forma do romance experimenta pela fusão de elementos do teatro, da poesia e do próprio romance. A autora tem uma visão meio concretista da palavra, explorando a disposição dela na página. Tem um olhar infantil, de brincar com as possibilidades do texto, que combina muito com a primeira parte, mas que soa gratuito no resto do livro. Me irritei um pouco com o uso de iniciais maiúsculas para dar destaque a algumas palavras — ela usa tanto, que a intenção de destaque se perde. Ela empresta muito bem da poesia a linguagem mais metafórica, associada a uma percepção sensível das coisas, mas poderia se valer também da precisão sonora típica da poesia. A quebra das linhas da prosa em versos não parece estar atrelada a uma tentativa de estabelecer um ritmo específico pela repetição de sons, mas sim a uma disposição mais intuitiva da palavra na página. Quando essa intuição encontra um motivo na história contada, a forma se mostra mais interessante, mas tem momentos em que fica só na intuição mesmo, e o texto fica parecendo paródia de Rupi Kaur.
O fim, a última página mesmo, é bom. Ali ela conteve toda a propensão ao fraseado chamativo e entregou um momento muito significativo, sem revelar demais, deixando algum mistério para o leitor.
Enfim, livro rápido, história interessante, escrita oscilante. Por mais que a experiência tenha sido meio agridoce, adoro as entrevistas de Aline Bei e a presença dela na internet no geral, então pretendo ler outras coisas dela ainda.
avisos de conteúdo sensível: divórcio, abandono parental, violência doméstica, morte
"nosso jeito de conversar, diretora, é nos machucando não por mal, não somos maus somos tristes e isso é o que fazemos com a nossa solidão.
caminhamos"
Apesar do estrondoso sucesso de 'O Peso do Pássaro Morto', esta foi a minha primeira experiência com a autora e devo dizer: estou muito impressionado! Já tinha alguma noção sobre os pontos delicados que a autora aborda em seus textos, e aqui não é diferente: acompanhamos Júlia, uma garota 'moldada' pelo lar vazio e triste, passando pelo divórcio dos pais, o eventual abandono parental (quando não substituído pela violência), e as cicatrizes mentais que a impede, muitas vezes, de seguir uma vida normal.
Uma poética e melancólica história sobre uma garota que desde cedo foi ensinada a se proteger da dor causada pelos outros. Recomendo muito!
Foi uma leitura dolorosa (pela pequena Júlia) mas prazerosa no final das contas (pelo talento e sensibilidade) da Aline Bei. Uma história curta mas que permanece, não sem inúmeras reflexões sobre a história, a vida, enfim. Incrível!
"O que me deixa triste é que o meu pai me abandona muito. A minha mãe ele abandonou de uma vez, mas comigo é pior, ele fica me abandonando devagar."
Júlia é uma menina que tem uma mãe violenta, autoritária e intransigente enquanto o pai é permissivo e ausente. Quando os pais se divorciam Júlia fica à mercê da mãe que a maltrata fisica e psicologicamente fazendo-a crer que não é merecedora de afecto. A escrita de um diário vai ser o escape para a dor de Júlia, lá ela desabafa as suas angústias, frustrações e o que sente pelos pais mas também escreve os seus sonhos. Pequena Coreografia do Adeus percorre a infância, adolescência e a idade adulta de Júlia e é muito doloroso ver que a nossa protagonista cresce sem qualquer tipo de amor e que também não acredita nele, levando a que lhe seja impossível qualquer tipo de relação amorosa, pois toda a vida de Júlia vai ser regida pelos seus traumas e pela relação com os seus pais. Este segundo livro de Aline Bei à semelhança do seu livro de estreia, O Peso do Pássaro Morto, dá-nos vários murros no estômago é um livro extremamente bem escrito, visceral e de uma beleza única que nos faz repensar sobre a maneira como tratamos os outros, principalmente os nossos filhos. É sem dúvida nenhuma o melhor livro que li até agora em 2023!
Acho que eu nao tenho maturidade pra esse tipo de livro. Achei extremamente desconfortavel de ler e dae eu nao consigo sair disso. So fico a leitura inteira pensando meu deussss pq eu to lendo isso?? meudeusssss que desconfortavel!!!
Acho que o livro deve ser bom, ja vi muitas pessoas falando bem, eu é que nao sei lidar direito com esse tipo de leitura msm
“pensei em um abraço? mas as nossas distâncias eram tão longas não a alcancei.”
Lindo demais. Estou bem emocionada. Aline Bei tem um dom em colocar no papel palavras simples e delicadas que se transformam em fogo dentro de você. Vou ler tudo dela.
Continua sendo um belo trabalho experimental da linguagem e da “forma” (no sentido de formato) de usar as palavras.
Na segunda metade do livro, achei que faltou um pouco de desenvolvimento e profundidade das situações. O final me pareceu um pouco dramático demais para o desenvolvimento que houve antes.
"Eu era o lugar onde as pessoas depositavam as suas variações de tristeza e raiva sem medo algum de depositar, já que eu aparentava a mais pura fragilidade, o rosto coberto pelo espanto de existir."
Como disse Leandro Roque de Oliveira, o Emicida: É a caneta mais pesada do Brasil.
Li "O peso do pássaro morto" e não gostei muito, mas me mantive curiosa a respeito de Aline Bei porque, apesar de achar que ela escolheu o estilo errada para escrever, penso que ela é uma boa escritora.
Minha impressão nesse segundo livro se manteve porque acredito que se ela escolhesse a prosa ao invés dessa prosa poética, o livro seria muito melhor porque a história é boa até o segundo terço dela.
Acho o ato final muito apressado e cheio de clichês como o pai que morre ao finalmente estar satisfeito com a vida - a cena em que a Júlia vai até a casa do pai e descobre que ele está morto é bem patética -, a Júlia se envolvendo com um homem mais velho logo após a morte do pai, o "quase" namoro que ela tem com o filho da dona do lugar onde ela trabalha, o Alzheimer da mãe, etc.
Como eu já estava acostumada com esse estilo de prosa poética dela, não me irritei tanto desta vez, mas acredito que falte trabalhar melhor o texto para ele não incorra nestes clichês em que um leitor mais experiente entende onde a história vai dar.
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Todo mundo tem um pouco de dores para enfrentar na vida, mas a Júlia tem todas. A obra de Aline Bei é, portanto, a construção e vivência dessas dores que nasceram junto com a personagem e a perseguiu como sombra, tanto da pouca tolerância da mãe, como do muito descaso do pai, pela infância e juventude.
Com sensibilidade a menina vislumbra um ideal de família que não tem, desde os raros abraços, a presença das injustiças e crueldades que é cometida contra ela. Fazendo da escrita e das poucas palavras, Aline compõe um avalanche de sentimentos e poesia por onde passa; seguir seu rastro foi um grande prazer, eis, assim, uma bela obra.
fui me distanciando da história ao longo das páginas. gostei bastante, mas acho que fui com muita expectativa pq gostei bastante de "o peso do pássaro morto"
Sem dúvida que uma das minhas autoras contemporânea preferidas. Adorei os pensamentos que me fizeram reflectir sobretudo desta personagem que é fruto de um amor destruído. Adoro a escrita crua e visceral como a autora já nos habituou no Peso do passaro morto. Recomendo sem dúvida nenhuma.
O segundo livro de Aline Bei não desilude, muito pelo contrário! Conta-nos a história de Júlia Terra, uma jovem que tem o sonho de ser escritora e que busca a sua própria identidade, no meio dos traumas de infância, divórcio dos pais e violência materna. Adoro a prosa poética, o lirismo, a sensibilidade de Aline e a forma invulgar como organiza as frases e as palavras ao longo da folha branca, como se falasse e respirasse connosco. Mais uma vez aborda o tema do sofrimento feminino, da perda e do abandono. Júlia vai sobrevivendo num mundo marcado pela distância paterna e pela violência materna, uma mulher extremamente amargurada, que não consegue ultrapassar o divórcio. O livro está dividido em 3 capítulo, "Júlia" sobre as lembranças de infância, "Terra" sobre as memórias de adolescente e "Escritora" sobre os sonhos que transporta enquanto jovem adulta. É já aos 20 e poucos anos que Júlia vai aprendendo a respirar, a dançar com a própria solidão, a conhecer a independência, a encontrar espaço dentro de si para o afecto e a encontrar na escrita uma forma de salvação. Recomendo muito esta leitura!
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cara, eu acho que a aline superou “o peso do pássaro morto”
é que esse primeiro livro tem uma história grandiosa por trás, é a jornada de uma vida inteira, mas o “pequena coreografia do adeus” é sobre o dia-a-dia, uma rotina que se perde dentre tantas outras que existem por aí
e é justamente por isso que eu acho que ela se superou, porque ela conseguiu transformar em poesia e em sensibilidade uma história comum, “sem graça”
além disso, nesse livro ela brinca mais com o estilo. em alguns momentos, a escrita dela fica ainda mais experimental
um livro delicado, intenso e docemente triste onde uma garotinha precisa aprender a lidar com os passos de uma dança que conhece muito bem, mesmo quando não quer (ou merece). queria proteger a Júlia do mundo ao mesmo tempo em que a incentivava a conhecê-lo. 🥺
Adorei “O peso do pássaro morto”, mas aqui me irritei com a prosa poética, com a pieguice e os lugares-comuns. Aline Bei é promissora, mas aqui o texto, os personagens, o desenvolvimento e o desfecho foram sofríveis demais. Não recomendo.
Triste e espetacular, Aline Bei conta a história de Julia, filha do divórcio e da violência. Sinto como se eu conhecesse Julia durante minha vida inteira, não pela violência física, mas a dor que vem com o alívio de estar longe de pessoas que amamos, mas não sabem como nos amar.
Essa é uma daquelas histórias que tocam cada pessoa de uma maneira diferente, e que dom Aline tem! Logo no início, percebemos pelo formato que o texto não é tão tradicional, o que enfatizou tudo que nos foi passado e também me deixou curiosa para ouvir o audiobook. É fato que será difícil encontrar outra obra como esta, mas pretendo continuar em contato com a escrita da autora.