4 & 1 QUARTO conta a história de um casal que, num momento de desejo ou tédio, esquece as convenções para atrair à intimidade um homem e uma mulher. São quatro numa cama, como se fosse natural. Mas não será sempre natural, o sexo? E mesmo que fosse: brutalizará ele o amor? Aqui, as duas mulheres revivem um segredo da puberdade, os dois homens descobrem-se e atrevem-se, e, embora extraviando-se da identidade e da pertença, jamais se perdem do Amor.
Um romance simultaneamente cru, humano, brutal e perverso, que aborda questões sensíveis como a tentação homossexual, a ambiguidade da amizade entre mulheres, as tensões sociais entre pessoas de diferentes origens e a persistência do contencioso feminino, apesar da evolução dos homens. E não só: insinua que os pecados da carne, com a sua presunção de culpa ou inocência, gozam de menos impunidade do que quaisquer outros. Como se a moral respondesse a quem a desafia, a Natureza não perdoasse a quem a subverte e a sociedade actual, parecendo moderna, permissiva e livre, se conservasse tão inclemente como deuses no paraíso.
Rita Roquette de Quadros Ferro nasceu em Lisboa, a 26 de fevereiro de 1955. Iniciou a sua carreira literária em 1990 com a publicação do romance O Nó na Garganta. Estudou design e foi professora de Publicidade. É filha do escritor e filósofo António Quadros e de Paulina Roquette Ferro e neta de Fernanda de Castro e António Ferro, ambos escritores. Publicou, entre outras obras, O Vento e a Lua, O Nó na Garganta, Uma Mulher Não Chora, Por Instinto, etc.
Tem colaboração dispersa na imprensa, nomeadamente na revista Ler e nos jornais Diário de Notícias e A Capital.
Esperava muito ... Primeiro contacto com Rita Ferro e foi uma desilusão . Só não parei de ler o livro nas primeiras páginas porque não consigo parar um livro . Penso sempre que se poderá tornar mais interessante a meio ou no final ... não foi o caso! Escrita ligeiramente confusa e demasiado floreada ... história ao lado do que esperava . Não cativante .
Vou começar por ser sincero: já são poucos os livros com o tema sexo que me impressionam. De uma forma ou de outra, a narrativa acaba por ser perder, por deixar de ser interessante - a meio do livro - ou por ser completamente descabida e, um tanto ou quanto, sem nexo. 4 & 1 Quarto, da Rita Ferro, alinha-se nestas duas últimas características. Vou constatar outra coisa: esta escritora, no programa de rádio que actualmente tem com Inês Pedrosa e Patrícia Reis, não pára de dizer mal das 50 Sombras de Grey - e com todos os argumentos no lugar, tenho a dizer - mas este seu livro, cheio de sexualidade e de exploração, está longe de ter qualidade.
Teresa e Nuno são o típico casal com toda a felicidade que duas pessoas podem desejar: uma casa, uma vida em conjunto, uma vida sexual satisfatória. Provavelmente sentem-se desta forma, já que a autora não dá muitas hipóteses do leitor conhece-los numa vida a dois, até decidirem colocar na sua intimidade duas pessoas: Inácio e, mais tarde, Carlota. Um homem e uma mulher que acabam por partilhar a cama com o casal, resultando disto uma abertura e exploração de novos caminhos. Esquecem-se as convenções impostas pela sociedade para se descobrirem. Até aqui tudo bem. O grande problema deste livro são as personagens e o caminho que decidem percorrer para chegar ao desastroso final - que recuso a descrever dada a mediocridade, esperava bem mais da Rita Ferro.
Nenhum dos quatro sabe o que quer. Nem Nuno, a descobrir-se e chegando mesmo a explorar um território homossexual, nem Teresa, levada por um ciúme tremendo ao aperceber-se da intimidade partilhada, nem Inácio ou mesmo Carlota, perdida no passado longe de Portugal. Para uma melhor caracterização destas personagens seriam necessárias, provavelmente, mais 200 páginas. O sexo - a 2, 3 ou 4 - não é um modo de conduzirem a vida é, a meu ver, o objectivo final: o acto animalesco em si é o protagonista da obra (ou então passei ao lado pelo verdadeiro objectivo da escritora). É cru e, no final da história, foi o único objectivo destas personagens. De que serviu afinal? Para nada, digo eu. E esta leitura, para mim, também não serviu de grande coisa. Vou dar o desconto à Rita Ferro e, provavelmente, irei ler outras obras dela. Não por agora.
Teresa. Nuno. Inácio. Carlota. Nuno é casado com Teresa que é amiga de Carlota. Inácio é frequentador da casa dos primeiros e acaba sendo trazido para a relação íntima deles. Como o título indica, os 4 embarcam numa viagem erótica e sexual que acaba por ter consequências diferentes em cada um dos protagonistas.
- Tens medo de viver sozinha? - Sim. Não estou preparada. Sei lá. Pode ser isso que disseste! - As pessoas não existem para preencher outras.
Achei a escrita pretensiosa e exagerada e o enredo não me convenceu. O fim é atabalhoado e, na minha opinião, ao tentar ser surpreendente, acabou por ser simplesmente estranho. Não fiquei com curiosidade de ler outro livro da senhora porque esta não foi uma aposta ganha. É uma história banal, contada através da recorrência ao erotismo e sexualidade que parece ser o caminho fácil para atrair multidões. No entanto, houve um ponto positivo, por ser uma coisa que gosto nos livros, que é a história ser contada na perspectiva dos diferentes protagonistas.
Em suma, não gostei do livro e não recomendo-o a ninguém.
Segunda incursão pelos livros desta autora, após ter começado e não terminado de ler o seu primeiro "O Nó na Garganta", não posso dizer que tenha ficado fã da escrita, que me pareceu muito auto-biográfica e deprimente, com tiques de tia. Mas resolvi dar-lhe uma segunda oportunidade e ler uma coisa mais recente, cujo tema achei interessante. Mais uma vez, parece ter muito de experiência própria e continua com aquelas afetações de classe: há um personagem que é o coitadinho, que não tem berço, a outra com muito "pedigree", já foi rica e agora mora num bairro que a envergonha, o casal desavindo que embarca numa aventura a trêse depois a quatro a tentar salvar o casamento, enfim... tiques à parte, li na esperança que o final fosse feliz, mas pronto, é cínico, preconceituoso e realista. Se bem que eu acho que uma história destas pode acabar melhor. Eu sei que pode.
Não resisto a começar este post perguntando quem tem coragem de devolver a um livraria um livro autografado? Pois é. Este livro foi comprado na Bertrand e já vinha autografado. Imagino eu que tenha sido devolvido e foi posto na estante novamente sem que tivessem reparado nisso Também foi comprado sem que tivéssemos dado conta. Sinceramente não me incomodou nada. Já comprei tantos livros em segunda mão que saber que este passou pelas mãos de uma Milene e da própria Rita Ferro não me incomoda nada. Passando à frente. Este livro foi o primeiro que li desta escritora mas não será certamente o último. Gostei imenso. Gostei muito da forma como esta escritora escreve. Foi óptimo ler bom português. Por muito boa que seja a tradução de um livro é diferente ler uma tradução do que ler um original em português. E neste livro senti isso. Foi mesmo uma óptima surpresa. E digo surpresa porque, tal como no caso da Rosa Lobato de Faria, não esperava grande coisa. Este preconceito para com os escritores portugueses e especialmente para com as escritoras portuguesas é difícil de ultrapassar. Não é a primeira vez (e não será a última) que digo que as escritoras Portuguesas são muito injustiçadas. Gostei da forma despretensiosa com que a escritora escreve. Não escreve para totós, não abusa da simplicidade da escrita como tantos escritores fazem nem escreve para uma elite ou para quem tem um dicionário ao lado. Achei que tinha uma escrita fluida e bonita. Quanto ao livro propriamente dito... Gostei. Não será um dos livros da minha vida, mas gostei bastante. Acredito que cada pessoa que lê este livro se foca em pontos diferentes. Esse é um ponto interessante deste livro: permite que cada leitor o leia de forma diferente (e nem todos os livros o permitem). A história gira à volta de Teresa, do seu marido Nuno e de dois amigos Inácio e Carlota e é contada, à vez, por todos estes intervenientes. Isso também não me incomodou nada. Rapidamente percebia quem estava a contar a história. Conseguimos assim perceber (não na sua totalidade mas em parte) os diferentes pontos de vista à volta da mesma situação. O resto é “simples”: um casamento feliz para onde são convidados mais duas pessoas. Homens e mulheres envolvem-se, encontram-se, perdem-se. Amor, amizade , traição, ódio, repulsa, desejo, carinho. Poderá um casamento sobreviver à devassidão? O que é devassidão afinal? Esta história é triste. Para mim é triste desde o inicio ao fim. Não compreende tantas coisas aqui focadas. Não me imagino nelas. Não imagino o “dia seguinte”. O caminho da Teresa é, no mínimo, complicado. O querer e não querer ao mesmo tempo. O desespero para não perder Nuno. O sujeitar-se a tanta degradação e a ter prazer nisso. No final a coragem de Carlota é interessante. O final do livro é inesperado. Pessoalmente gostei. Achei-o coerente. E mais não digo.
Uma trama psicológica complexa, de encontros e desencontros, de pessoas perdidas com um final imprevisto. Livro bem diferente dos primeiros que li da escritora, uma maturidade diferente
Recomendado por um grande amigo, "4 & 1 Quarto" não superou as minhas expectativas. Demasiado clichê em alguns aspetos e talvez demasiado introspectivo em alguns momentos sem haver necessidade para tal, foi uma literatura experimental de uma autora que não me convenceu por aí além. Não descansei até o parar de ler mas, até hoje indago se foi para terminar o mais rápido possível ou se realmente estava a gostar da história.
Não sei o que passou na cabeça da Rita Ferro ao escrever este livro. Eu li e adorei o Uma Mulher Não Chora, O Nó Na Garganta: Romance e o Os Filhos da Mãe e este livro foi uma autêntica desilusão. Não será por causa dele que deixarei de ler Rita Ferro, óbvio, mas acho que foi um tiro ao lado da autora. As personagens são intragáveis, não consegui estabelecer qualquer relação com nenhuma delas e a história não tem nada. Basicamente fala de sexo entre quatro pessoas. E fica-se por aí. Não tem princípio, nem meio nem fim (sim, que aquilo é algum fim?). Não gostei nadinha!
agora sei que, se algum dia me apetecer ler outro livro da autora, basta lembrar-me deste e a vontade passa logo.
não sei se a culpe mais a ela se ao editor, que leu esta obra e achou que era muito bom e ia publicar.
enredo? zero. personagens? zero. escrita? zero. o que temos aqui é a narração de sexo entre quatro pessoas, pelas suas várias perspectivas. para mim, não é conteúdo suficiente para se lhe espetar com duas capas e chamar-lhe um livro.