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The Rose Society (The Young Elites, #2)

Marie Lu

Start date: February 22, 2016

Finish date: March 14, 2016

Discussion: Desafio 2016

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Desafio 2016

* Leituras Conjuntas - Temáticas
By Su · 52 posts · 166 views

last updated Dec 22, 2016 10:41AM

* Leituras Conjuntas - Género
By Su · 61 posts · 139 views

last updated Dec 21, 2016 03:03PM

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Jun 29, 2019 Angela rated it liked it · review of another edition

Shelves: fae-witches-magic-dragons, horror-dark, p-apocalyptic-apocalyptic-dystopia

"I will keep you, until the day I choose not to. You have destroyed and harmed all that is dear to me. In return, I want you to know what that feels like. I will not kill you. I will keep you alive. I will torture you. Until your soul is dead."

description

“In the silence, I sit alone on my throne and wait eagerly for all the satisfaction and triumph to hit me. I wait, and wait, and wait.

But it doesn't come.” ...more

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Nov 02, 2015 Su rated it liked it · review of another edition

Shelves: series-done, fantasy-ya, high-fantasy

[3,5 estrelas]

Este livro suscitou-me sentimentos contraditórios. Por um lado gosto imenso da mitologia da saga, da sua atmosfera e do potencial que apresenta. Achei a história bem contada e desenvolvida, ainda que considere que lhe faltou o ritmo mais instigante do primeiro volume. Por outro lado, sou contra o rumo traçado para a personagem principal e isso incomodou-me bastante, principalmente porque tinha expectativas altas para algo diferente.

Gostei imenso do primeiro volume da colecção, prin [3,5 estrelas]

Este livro suscitou-me sentimentos contraditórios. Por um lado gosto imenso da mitologia da saga, da sua atmosfera e do potencial que apresenta. Achei a história bem contada e desenvolvida, ainda que considere que lhe faltou o ritmo mais instigante do primeiro volume. Por outro lado, sou contra o rumo traçado para a personagem principal e isso incomodou-me bastante, principalmente porque tinha expectativas altas para algo diferente.

Gostei imenso do primeiro volume da colecção, principalmente pelo carácter cinzento, no sentido de não ser só preto ou banco, ambíguo, da maioria dos personagens. Tirando a rainha que me pareceu que tinha o motivo bastante banal e pessoal de ascender ao poder sem rivais, todos os personagens me soaram refrescantemente complexos e bastante difíceis de rotular, incluindo a protagonista. Conseguimos julgar todos e nenhum, pois todos tomam decisões questionáveis mais tarde ou mais cedo, mas essas decisões são tão bem justificadas pelas suas vivências ou objectivos de vida que criam empatia por serem humanamente imperfeitas. Achei que isso conferia ao livro uma originalidade bem-vinda! E foi precisamente disso que senti falta neste segundo volume!

Vou procurar detalhar e justificar um pouco cada uma das questões acima mencionadas. Começando por destacar os pontos positivos, considero que o livro está bem escrito e elaborado. Consegue ser surpreendente, apresentar personagens interessantes e algo complexos tanto pela personalidade como a nível dos seus poderes. Tem uma mitologia muito rica e razoavelmente original relativamente à questão da magia e da sua ligação com as divindades e os alinhamentos com as diversas emoções. Penso que tudo isto poderia ter sido mais explorado por ser um ponto forte do livro, mas ainda assim foi positivo. Gostei bastante da revelação final relativa aos poderes dos Young Elites e acredito ser um bom tema para desenvolver no próximo volume, aumentando assim a curiosidade dos leitores acerca do que se segue. Penso que o anterior foi bastante mais empolgante de ler, faltou a este um pouco criar essa tensão na leitura, mantendo-nos altamente curiosos, empolgados e expectantes, mas não foi isso o que me incomodou realmente com o enredo.

O grande problema que eu tive com este livro foi que ele seguiu exactamente o caminho que eu temia que a autora se propusesse a trilhar desde que li (view spoiler) Aquilo que me cativou tão profundamente no primeiro volume foi que os dilemas eram difíceis e todas as reacções me pareciam inesperadas e humanas. Não havia uma única decisão certa ou errada a cada dado momento, todas as decisões se entrelaçavam nas experiências passadas, nas esperanças, medos, objectivos e frustrações de cada um. Se por um lado considerávamos que uma dada opção poderia não ser a melhor olhando o paranormal geral, não éramos capazes de não compreender a motivação palpável que levava um ser humano perfeitamente normal e falível a tomá-la, tendo ou não este acesso a poderes sobre-humanos. Era essa a expectativa que eu tinha para a continuação da história, um enredo que me fizesse questionar constantemente por quem torcer, quem estava certo ou tinha razão. Não queria ter razões para designar ninguém de herói ou vilão, pelo contrário, gostaria que todos fossem bons e maus simultaneamente, que rejeitassem rótulos e comportamento previsíveis, mas sempre sendo fieis à sua personalidade e vivências.

(view spoiler)[Principalmente e acima de tudo, receava que a protagonista seguisse um caminho sem volta de vilania e crueldade, tornando-a previsível, unidimensional e rejeitando qualquer possibilidade de empatia com ela. Ora, infelizmente, o rumo que a autora escolheu para a história parece ser mesmo esse. Fiquei incomodada pois não queria que a protagonista se tornasse inequivocamente malvada e cruel, principalmente devido a forças externas. Ainda que lhe sejam dadas motivações, a descrição que é feita dos sussurros e escuridão que a dominam contra a sua vontade leva exactamente a esse caminho que preferia que tivesse sido evitado. Considero este caminho muito desgastado e vulgar na fantasia e ficção científica, encarar o mal como uma entidade capaz de corromper como uma força externa e com vontade própria, ainda mais numa história como esta que tinha tanto potencial para explorar a complexidade da alma humana sem recorrer a este tipo de artifícios simplificadores. Pior ainda, a autora não assumiu totalmente a sua opção e se por um lado nos queria convencer que a protagonista estava a deixar de se conseguir controlar e ser lentamente devorada pela sua própria ambição, desejo de vingança e medo de se sentir novamente impotente para controlar o seu destino, por outro nunca a obrigou a cruzar-se com alguém a quem ela não tivesse directa ou indirectamente razões suficientemente plausíveis para atacar se não estivesse completamente desprovida de um código moral. Ou seja, é muito conveniente que todos os inimigos dela, ou melhor dizendo, todas as pessoais que num ou mais momentos se encontram entre ela e os seus objectivos egoístas, sejam pessoas que ou já a traíram indubitavelmente ou é bastante claro que não teriam qualquer tipo de pejo em fazer-lhe o mesmo caso a situação fosse reversa.

A Adelina é profundamente distorcida e manipuladora nos seus propósitos, principalmente desde que aprendeu a usar o poder dela, mas não vejo ali ninguém muito diferente. Todos sem excepção tomam decisões de forma a melhor atingir os seus objectivos pessoais e egocêntricos, muitas vezes usando os outros e aliando-se-lhes apenas quando lhes convém, pelo que não considero que a Adelina se destaque nesse sentido. Não a considero nem boa nem má pessoa, apenas uma que defende os seus interesses sem olhar a meios para atingir os fins. Aceitaria de bom grado essa dualidade se ela contrastasse essa falta de misericórdia perante os inimigos com um objectivo altruísta, ou com uma compaixão perante os mais fracos e inocentes, ou ainda se ela se assumisse como vilã nesta falta de escrúpulos contrastando com a nobreza de carácter demonstrada pelos seus rivais. Mas não! Não a conseguimos condenar incontestavelmente pelas suas falhas, não porque ela demonstra um lado bom que as contrabalança, deixando-nos divididos pela sua complexidade de carácter, mas apenas porque todos à sua volta são tão falhos quanto ela. É possível rotular alguém de mau se não houver ninguém bom para contrastar? Evidentemente que as traições e as infelicidades que a Adelina sofreu não são justificação para as todas suas acções vingativas e egoístas, mas sem dúvida retiram a legitimidade dos traidores e dos agressores de a julgarem. Durante quase todo o livro, a autora mantém a Adelina na linha difusa em que não lhe mostra um carácter redentor mas também nunca a leva além do ponto sem volta. É demasiado conveniente que ela só tenha antagonistas ambiciosos, egoístas e práticos como ela! E alguém honrado, honesto, que nunca lhe tivesse feito mal nenhum, directa ou indirectamente, meter-se no caminho dela? Aí sim, poderíamos perceber se ela está disposta a passar por cima de qualquer um, matando, roubando, traindo e magoando indiscriminadamente, mostrando que já não há redenção possível, ou se ela mantém uma consciência que a impede de ir tão longe e apenas cede aos impulsos negativos porque sabe que é uma situação de kill or be killed, caçar ou ser caçado. Os momentos finais do livro procuram resolver essa dúvida com o ataque à irmã e posterior dissolução da cumplicidade de ambas. Sou contra esta decisão e de qualquer forma considero que veio demasiado tarde. Este descompromisso do é vilã mas não é vilã durar um livro inteiro foi excessivo. Na minha opinião, esta opção é errada porque a torna uma vilã estilo Disney, só com defeitos, cruel, unidimensional, previsível e simplista. Pelo menos parece ser esse, com muita pena minha, o rumo da história.

Vou dar o benefício da dúvida ao último volume, mas não estou nada entusiasmada com esta perspectiva de seguir a Adelina versão welcome to the darkside. Prevejo um enredo imensamente negro em que a Adelina se vai tornar uma regente cruel e ela, a Maeve e o Enzo, com os seus respectivos aliados, vão destruir tudo e todos em busca de poder e supremacia. Imagino que todos terão um triste fim, ou devastados pelos próprios poderes ou pela guerra entre si. Não vislumbro possibilidade de redenção para a Adelina, não tenho qualquer empatia restante com ela, mas também não torço por nenhum dos outros porque todos têm motivações ambiciosas e egocêntricas. As únicas excepções serão talvez o Enzo pré-morte, que no fundo está morto, pois aparentava ser justo e misericordioso e parece ter sido influenciado pelo Rafael nas maiores injustiças que terá cometido, e a Violeta, que era uma criança aquando das agressões do pai à irmã e embora as razões que levam a Adelina a ressentir-se sejam justificadas, não penso que uma criança como ela possa ser culpabilizada pelas atitudes de um pai violento por se proteger. No entanto, considero que ela podia ter sido mais interveniente e inteligente no apoio à irmã, evitando que esta cedesse ao seu lado negro. (hide spoiler)]

Em suma, tenho uma grande admiração pelos pontos forte que a saga soube mostrar até agora (mitologia, atmosfera, ambiguidade dos personagens) e talvez por isso mesmo a desilusão da mesma seguir um caminho do qual discordo veementemente foi também mais forte, tornando esta leitura uma experiência agridoce. ...more

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